Conheça os Fortes do Rio de Janeiro
Os fortes e fortificações foram construídos durante o período colonial para ser ponto de observação e defesa. Não eram raros os ataques de corsários de vários países europeus, o mais famoso deles realizado pelo francês René Duguay-Trouin que chegou a literalmente sequestrar o Rio de Janeiro em 1711. Além também de se defender dos ataques das tribos indígenas.
Claro que esses fortes, que hoje em dia estão abertos para visitação, não estão na sua estrutura original de período colonial, passaram por modificações e modernização. Mas alguns preservam alguma característica daquele período.
Durante o período regencial, os fortes em sua maioria foram desativados e seu armamento guardado. Somente em 1913 o presidente Hermes da Fonseca mandou realizar obras reconstruindo os fortes.
Sem mais delongas, vamos falar um pouco sobre cada um deles.
Forte de Copacabana
Construído em 1914 está entre os mais consistentes e prestigiados fortes do mundo. Importante durante o período da II Guerra Mundial. Entre as estratégias de defesa estava desligar as luzes do bairro (e do forte) durante a noite, ligando holofotes na linha da areia iluminando o mar para vigilância.
Um marco histórico ocorrido no Forte de Copacabana foi o movimento 18 do Forte. Onde 17 militares e 1 civil marcharam contra o governo. Foi o primeiro movimento tenentista da República Velha.
Fato é que hoje o Forte de Copacabana é uma das meninas dos olhos dos cariocas no quesito rolé. Fazendo fila para desfrutar do café da manhã com um belíssimo visual da Praia de Copacabana. E por que não aproveitar para dar aquela conferida no museu que conta a história do local.
Onde fica: Praça Cel. Eugênio Franco, 1 – Posto 6
Entrada: R$ 6,00. Estudantes e Idosos pagam meia
Militares possuem gratuidade.
Horário de funcionamento: De Terça a Domingo de 10 às 19h
Forte do Leme
Construído em 1776, foi criado inicialmente como forte de observação, tanto que era chamado de Vigia. Não possuía armamento de longo alcance. A sua função era sinalizar os outros fortes por meio de tiro quando avistasse a chegada de inimigos.
Uma curiosidade histórica é que durante a II Guerra Mundial, um sentinela acreditava ter visto um submarino alemão se aproximando. Avisou ao comandante que deu ordem de disparo. Os outros fortes ouvindo o sinal também atacaram. Mas tudo não passou de um tremendo engano. Na verdade, o suposto submarino era só uma baleia.
Atualmente desativado para fins de proteção e para nossa alegria está aberto a visitações e muito bem preservado. Se você não curte trilha e fica pensando no tamanho do sofrimento para chegar até o cume do forte, vou te dar uma ótima notícia. A trilha é toda pavimentada, nada de ficar passando pelo mato.
Onde fica: Praça Almirante Júlio de Noronha, s/n – Leme
Entrada: Durante a pandemia está 0800!!!
Horário de funcionamento: De Terça a Domingo de 09:30 às 16h
Fortaleza de São João (Urca)
Localizado no Morro Cara de Cão, berço do Rio de Janeiro. A geografia da região era completamente diferente, não era possível chegar onde atualmente é o bairro da Urca por terra. A cidade e a fortaleza foram fundados em 1565.
Não é possível ir até a Fortaleza de São João sem imaginar como aconteceram os fatos da fundação da nossa cidade. Ali estão vários elementos que nos remete a este momento.
Com sua posição estratégica, do alto da fortificação era possível avistar a Ilha de Villegagnon onde era a França Antártica e principal motivo da vinda dos portugueses, retomar a posse das terras invadidas pelos franceses.
Após a transferência da cidade para o Morro do Castelo, a fortaleza ficou abandonada, mas depois perceberam que era um ponto muito importante e retomaram o espaço ampliando até a forma como o conhecemos.
Onde fica: Avenida João Luiz Alves – Urca
Necessário agendamento para visitação
Entrada: 0800
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Outro forte que também enche os nossos olhos durante os passeios de barco pela Baía de Guanabara é o Forte Tamandaré da Laje. Esse, infelizmente, não está aberto à visitação. Está desativado (e com uma promessa de revitalização).
E aí, gostou? Aproveita e fica de olho na programação dos passeios da Sou + Carioca e vamos juntos conhecer o Rio de Janeiro.
Este texto foi escrito pela nossa estagiária Bruna da Rocha Alexandre. Conheça mais sobre a Bruna clicando aqui.