Você conhece o Sítio Burle Marx?
Roberto Burle Marx foi um renomado paisagista brasileiro, além de pintor, desenhista, designer, escultor e cantor. É o responsável por ter introduzido o paisagismo modernista no Brasil, um dos primeiros a utilizar plantas nativas brasileiras em seus projetos, e um dos pioneiros a reivindicar a conservação das florestas tropicais no Brasil.
Ele organizou inúmeras expedições e excursões pelos biomas brasileiros, sendo responsável pela descoberta de novas espécies. Mais de 30 plantas levam seu nome.
O Sítio que leva seu nome – originalmente Fazenda da Bica – é uma propriedade que pertencia a Roberto e seu irmão Guilherme. Fica localizado em Barra de Guaratiba, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. O local é um grande acervo de espécies de plantas tropicais e subtropicais, organizadas em viveiros e jardins, convivendo em harmonia com a vegetação nativa de mata atlântica. Sua área de mais de 400 mil metros quadrados inclui ainda várias edificações, lagos, coleções de arte e uma biblioteca.
A propriedade, antes particular, foi doada em 1985, por Roberto ao governo federal, com o objetivo de assegurar a continuidade das pesquisas, a disseminação do conhecimento adquirido e o compartilhamento daquele espaço com a sociedade. Após sua morte em 1994, o sítio passou a ser gerido pelo Iphan e atualmente é Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
Pontos a serem visitados no sítio:
Casa de pedra: atualmente, a casa é utilizada pelos setores técnico e administrativo do sítio. Há planos para a criação de residências temporárias e laboratório para pesquisadores em botânica, paisagismo e artes.
Sombral Graziela Barroso: Graziela Barroso, grande taxonomista de plantas nativas e a primeira mulher a fazer o concurso para ser naturalista do Jardim Botânico, dá nome ao conjunto de viveiros que abriga parte da coleção de Araceae, com espécies de grande potencial ornamental, incluindo representantes da flora brasileira.
Sombral Margaret Mee: viveiro onde é possível encontrar uma grande coleção de antúrios, e uma coleção de bromélias, leva o nome de uma grande amiga de Burle Marx, Margaret Mee, uma pintora e designer inglesa.
Capela Santo Antônio da Bica: uso para cerimônias religiosas, sendo realizadas missas dominicais e a tradicional procissão de Santo Antônio, celebrada anualmente no dia 13 de junho.
Loggia: O espaço leva esse nome por possuir elementos arquitetônicos em forma de arcos. A função original era servir como um pequeno ateliê de pintura e serigrafia de Burle Marx. Internamente, a Loggia é totalmente revestida por um painel de azulejos pintados com desenho de Roberto Burle Marx.
Casa de Roberto: foi a casa onde o paisagista morou, e estão expostas diversas peças do acervo do sítio, obras de autoria de Burle Marx, itens colecionados por ele, mobiliário e objetos pessoais.
Cozinha de Pedra: salão de festas utilizado em almoços com cardápios organizados por Burle Marx e Cleofas César da Silva. O salão se destaca pela perfeita interação entre arquitetura e os espaços abertos.
Ateliê: espaço multiuso do sítio, utilizado para diversos eventos como concertos, saraus, cursos, contação de histórias e exposições.
Gostou de conhecer sobre o Sítio Burle Marx e seu fundador, que tal passar um dia nesse oásis da cidade? Acesse nosso site e veja nossa programação ou entre em contato conosco!
Esse texto foi escrito pela nossa estagiária Vanessa Pacheco. Saiba mais sobre a Vanessa clicando aqui.