Você conhece a história do bairro Anchieta?
Quem foi que disse que o turismo só é prazeroso nos lugares famosos da cidade maravilhosa? Vocês já ouviram falar que os subúrbios cariocas escondem grandes vestígios que compõem fragmentos históricos da formação da cidade do Rio de Janeiro? Então, hoje vamos apresentar para vocês um destes bairros do subúrbio que fazem parte dos espaços fragmentados que deram origem formação da cidade.
ANCHIETA, bairro escolhido do dia para esta explanação, vamos contar um pouco da sua história segundo os registros de pesquisa e mostrar tudo que encontramos de bom por aqui, sei que vocês estão curiosos para saber e seguir um projeto que os traga para conferir e usufruir o diferencial encontrado por estas bandas.
Vamos lá, aqui tem ar puro, história, cultura, esporte, lazer e gastronomia para você desvendar, apreciar e decidir por onde quer começar a desfrutar suas experiências turísticas encontrando novidades que vão te surpreender.
HISTÓRIA
Anchieta, nome dado ao bairro em homenagem ao padre José de Anchieta. O bairro que destaca-se logo de início por ser o primeiro do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro a partir da baixada fluminense. Lá nos primórdios conta-se que antes da sua fundação, em 1896, essas terras eram pertencentes às fazendas Sapopemba e Nazaré, e que no século XIX já se viam prósperas e grandes produtoras de café e cana-de-açúcar, e também que as mesmas já fizeram parte do município de Nova Iguaçu (baixada Fluminense) até o início do século XX junto com Nilópolis, Mesquita e São João de Meriti.
Dizem também que D Pedro II chegou a cogitar a instalação de um hospital para tuberculosos no local por conta do clima ameno encontrado na região. A estação ferroviária de Anchieta, construída e inaugurada em 01 de outubro de 1896, nos primórdios do Brasil Colonial, mesma época da fundação do bairro, fazia parte da Estrada de Ferro Central do Brasil, espinha dorsal de todo sistema ferroviário da época, o primeiro trecho da ferrovia do bairro ficava entre Belém (atual Japeri) e a estação D. Pedro II (Central do Brasil). Atualmente pertencente a rede de estações de trens metropolitanos do Ramal Japeri atendida pela Supervia desde 1996.
Em um outro momento da história, Padre Miguel que era vigário de Realengo, instalou na região que pertencia à família do Capitão Bento de Oliveira Braga senhor destas e outras propriedades herdadas, uma capela abrigando a imagem de grande valor artístico venerando Nossa Senhora de Nazaré, pouco depois, Padre Wander Tavares iniciou a construção da Matriz atual estabelecendo seu nome em uma das principais praças do bairro onde chegava o caminho do Engenho Velho. Os primeiros loteamentos surgiram junto a ferrovia em 1916, surgiram também os projetos de arruamento nos terrenos da família de Luiz Borges, diz-se que o restante das terras foi loteado fazendo surgir o bairro do Parque Anchieta depois desmembrado em Anchieta (decreto de criação de 23/06/1981). Já na região da Praça Itanhomi, conta-se que há séculos havia um cemitério indígena de grande extensão que deu origem ao nome de grande parte das ruas da chamada Vila Mariópolis, (região pertencente ao bairro do Parque Anchieta), tais como: Gerê, Aiacá, Aiuba, Jarupá, Juarana, Cracituba, Cierê e etc.
Mas como chegar em Anchieta?
Através da Supervia, a estação de Anchieta é a principal porta de entrada para começar seu tour no bairro, como a história já descreve.
Em uma viagem de mais ou menos 35 minutos no ramal de Japeri em composições que atendem este itinerário a partir da estação Central do Brasil, onde o deslocamento já vai te mostrando pelo caminho vários outros bairros do subúrbio com muitas histórias interessantes que vale muito a pena explorar e se aprofundar em suas descobertas, sem contar que durante a viagem temos o “Shopping Supervia” onde os ambulantes trazem os mais variados produtos para comercializar. (Não que você tenha que gostar deste tipo de comércio), eles apenas estão buscando o seu meio de sustento, e também tem a arte dos vagões onde as vezes alguns artistas de comunidade cantam, tocam instrumentos, fazem repentes e dançam ou se apresentam de alguma forma passando a chapeuzinho ao final da apresentação para recolher alguma contribuição voluntária que os ajude a manter a cultura do artista de rua, tem emoção do começo ao fim desta viagem.
Logo ao chegar em nosso destino temos o primeiro palco de apresentação cultural do lado esquerdo de que vem da Central, a Lona Cultural Carlos Zéfiro que fica bem em frente à estação, onde são oferecidos cursos e outros atendimentos aos moradores da região, além de oferecer também apresentação de eventos teatrais ou musicais, como opção de entretenimento e diversão. Temos também no entorno, restaurantes, escolas, bancos, postos de gasolina e comércio variado em ambos os lados da estação.
Ao explorar mais a fundo o lado esquerdo do bairro encontramos muitas praças espalhadas por todos os cantos onde estão disponibilizados campos e aparelhos para prática de esportes, além de Clínica da família e Posto de Saúde.
O nosso “melhor point”, a famosa PRAÇA GRANITO que já foi um grande palco de pegas históricos e polêmicos por conta dos incidentes e acidentes provocados, hoje em dia se destaca por ser o polo gastronômico da região que atrai moradores e visitantes dos bairros vizinhos, com restaurantes e quiosques que oferecem pratos para todos os gostos, um ótimo lugar para relaxar com a família, curtir um som ambiente e bater aquele papo descontraído, onde, além de saborear o que há de melhor por aqui, pode-se praticar esporte, jogar bola, andar de bike e trazer a criançada para se divertir. Nos finais de semana ou no finalzinho de tarde ver o pôr do sol, não tem preço, é bom chegar cedo pois a tardinha o local costuma ficar bem cheio.
Mas se a preferência é fazer aquele piquenique, temos por aqui também acesso a um lugar maravilhoso, arborizado e perfeito para caminhada, passeio de bicicleta, andar de skate ou patins e praticar exercícios ao ar livre uma das entradas para o Parque Municipal Natural do Gericinó fica na esquina das ruas Itajobi com Otacílio Pedro Vasco na Vila Mariópolis onde caminhando pode se chegar ao acesso da entrada principal onde há aluguel de triciclos, praça com equipamentos para prática de esportes e quiosques com pequeno comércio de roupas esportivas e água de coco.
Outros meios de acesso ao bairro são oferecidos por linhas de ônibus e baldeação interligada pelos meios de transporte (ônibus, trem e metrô), além dos transportes particulares taxi, etc…. O nosso bairro também é vizinho de um outro lugar que se tornou histórico por abrigar o evento das olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, o Parque Olímpico de Deodoro.
Seguindo para o lado direito da estação temos a parte do bairro que recebe o nome de origem onde encontramos a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré localizada em uma de nossas principais praças onde no mês de outubro costuma-se realizar uma grande festa em sua homenagem.
Ainda deste lado aqui em Anchieta também está localizada a BIBLIOTECA PAULO FREIRE do complexo do Chapadão que conta atualmente com um acervo de aproximadamente três mil livros, além de quadros, esculturas e um mobiliário antigo. Aberta diariamente ao público onde costuma–se realizar a Flicc, festa literária deste complexo.
Ainda por aqui temos instalado um museu desde de 2014, o MUSEU DA HUMANIDADE – IPHARJ, uma criação do arqueólogo Claudio Pedro de Mello, que também preside o local, que ocupa uma área de total de 2500 metros quadrados. Este museu é um castelo construído em estilo Islâmico (Mamalik) e possui quatro andares distribuídos em 14 metros de altura.
Informações sobre o Museu da Humanidade:
Endereço: Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, 443, B1, Anchieta, 21645-521, Rio de Janeiro, RJ
Bairro: Anchieta
Município: Rio de Janeiro
Gostaram? A Sou+Carioca ainda não possui um roteiro para Anchieta, mas vocês gostariam de conhecer esse bairro um pouco melhor? Conta aqui pra gente nos comentários 😉
Este post foi escrito pela Marcia Cristina, nossa estagiária aqui na Sou+Carioca